Fonte: http://computerworld.uol.com.br/carreira/2009/05/18/especialistas-sobram-vagas-no-mercado-de-tecnologia/
São Paulo - De acordo com consultores de recursos humanos ouvidos por COMPUTERWORLD, setor continua aquecido para analistas, consultores, desenvolvedores e gerentes de TI.
Por Andrea Giardino, editora-assistente do COMPUTERWORLD
Ao contrário de alguns setores, como o financeiro e automobilístico, que, além de demitir, congelaram postos de trabalho, no mercado de tecnologia sobram vagas. Ainda refém da falta de profissionais qualificados, a área demanda, sobretudo, perfis de nível técnico e para média gerência. Ambos para atuar também na indústria e em consultorias.
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Segundo Robert Andrade, consultor da empresa de recrutamento Robert Half, a maior busca é por especialistas em sistemas integrados (SAP, Datasul e Microsiga) e desenvolvedores nas linguagens de programação Java e .Net. "O 'gap' é tamanho que muitos chegam a receber duas propostas por mês para mudar de emprego", revela.
Isso, na opinião de Andrade, deve ser visto com cautela. "Não é bom o profissional ficar trocando de lugar, como se troca de roupa", aconselha. Ele afirma que para tirar um profissional de outra empresa, as companhias oferecem salários entre 15% e 25% maiores. Ou seja, mantêm a média de quando o mercado está aquecido.
Mas aqueles bônus para lá de polpudos são coisa do passado. Embora as grandes empresas continuem com suas políticas de remuneração variável como recompensa ao desempenho individual, o consultor explica que a maioria está redesenhando suas estratégias.
Outro aspecto que tem gerado boas perspectivas é a entrada de multinacionais de tecnologia no País, a exemplo da Infosys. Para Matilde Berna, diretora de transição de carreira da Right Management, consultoria especializada na recolocação de executivos, novas contratações devem ser feitas, aquecendo ainda mais o setor. "Procura-se analistas, consultores e gerentes", diz
No entanto, se por um lado a demanda é grande, por outro há uma retração na oferta de profissionais. "Temos um dado interessante que mostra uma queda de 11% na busca por cursos universitários ligados a informática e tecnologia". Cenário que leva a um número de recém-formados menor do que o mercado precisa, avalia Matilde.