terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Falta de pessoal qualificado em TI desafia companhias

Oito em cada dez líderes de TI relatam que a falta de competências dentro de seus departamentos afeta pelo menos uma área de negócios.

Resultados de pesquisa recente realizada pela Computer Technology Industry Association (CompTIA), mostram o impacto da escassez de habilidades de TI na rentabilidade das organizações, produtividade, inovação, velocidade do mercado, segurança e atendimento ao cliente.

O estudo, realizado no formato online entre 15 de dezembro de 2011 e 23 de janeiro de 2012, pediu a 502 gerentes de TI e de negócios nos Estados Unidos para avaliarem a escassez de competências em seus departamentos de TI, o impacto dessas deficiências de mão de obra especializada em suas organizações, e como eles tentam resolver a escassez de talentos em TI.

Uma esmagadora maioria (93%) relatou alguma diferença entre as habilidades técnicas que suas equipes de TI possuem e as habilidades que suas empresas precisam. Desses, 83% disseram que essa diferença é de pequena a moderada; já 9% afirmaram que as habilidades de suas equipes de TI não chegam perto do que precisariam ser. Apenas 7% dos entrevistados acreditam que suas equipes de TI possuem as habilidades necessárias.

As habilidades que os entrevistados classificaram como as mais importantes para a TI, hoje, são as seguintes (todas foram apontadas como muito importante por mais de 70% dos pesquisados):

  1. rede/infraestrutura
  2. servidores/gestão de data center
  3. armazenamento/back-up
  4. cibersegurança
  5. banco de dados/gestão de informação
  6. help desk/suporte de TI
  7. telecomunicações/comunicações unificadas
  8. impressoras/copiadoras/fax
  9. analytics/negócios
  10. web design e desenvolvimento

Como a a falta de competência de TI afeta as empresas
Oito em cada dez líderes de TI e gerentes de negócios relatam que o déficit de competências dentro de seus departamentos de TI afeta pelo menos uma área de negócios.

Veja abaixo o impacto da escassez de habilidades de TI sobre a produtividade de atendimento ao cliente, segurança, inovação, velocidade para o mercado e rentabilidade em empresas de pequeno, médio e grande porte (em pocentagem dos que dizem que a escassez das habilidades de TI dentro de suas organizações prejudica cada um dos itens).

Produtividade
As grandes empresas: 44%
Empresas de médio porte: 43%
Pequenas empresas: 41%

Atendimento ao Cliente

As grandes empresas: 33%
Empresas de médio porte: 34%
Pequenas empresas: 26%

Segurança
As grandes empresas: 32%
Empresas de médio porte: 39%
Pequenas empresas: 29%

Inovação / Desenvolvimento de Novos Produtos
As grandes empresas: 29%
Empresas de médio porte: 33%
Pequenas empresas: 23%

Velocidade para o mercado
As grandes empresas: 29%
Empresas de médio porte: 33
Pequenas empresas: 23

Rentabilidade
As grandes empresas: 15%
Empresas de médio porte: 15%
Pequenas empresas: 23%

Causas do déficit de competências
Pouco mais de 45% dos entrevistados acreditam que o ritmo acelerado do desenvolvimento tecnológico é o principal fator para a falta de habilidades de TI dentro de suas organizações. A tecnologia muda tão rápido que é difícil para os profissionais de TI manterem-se atualizados.

"A inovação ocorre mais rápido, os ciclos de vida dos produtos passaram a sermedidos em meses, em vez de anos e a concorrência do mercado nunca foi tão grande. Consequentemente, as organizações e as equipes de TI são pressionadas cada vez mais a decidirem onde investir o seu tempo limitado", observa a pesquisa. Outras causas do déficit de competências incluem:

  • A falta de dinheiro do orçamento para o desenvolvimento profissional, citada por 43% dos pesquisados
  • A percepção de falta de melhoria que vem de treinamento, citada por 39% dos entrevistados
  • A baixa remuneração de algumas funções da área de TI, citada por 29%
  • Dificuldade de fornecer treinamento durante o horário de trabalho, citada por 23%
  • Concurso para um conjunto limitado de trabalhadores qualificados de TI, citada por 20%.

Como as empresas devem enfrentar o déficit de competências
Apesar da falta de recursos financeiros para a formação e a percepção de que as empresas investem pouco em treinamento, a formação ou reciclagem do pessoal de TI existente nas áreas onde faltam habilidades é forma como as organizações de grande porte tentam resolver a escassez de pessoal qualificado.

O método de treinamento mais popular ussdo pelos departamentos de TI é o online, empregado por 50% dos entrevistados. Quase sempre disponibilizado pelos fornecedores. O treinamento em sala de aula ficou em terceiro lugar (37%).

Quase quatro em cada dez (38%) entrevistados opta pela terceirização para lidar com a escassez de competências. As pequenas empresas são mais propensas a terceirizar enquanto as companhias maiores são mais propensas a investir em formação. Pouco mais de um quarto (28%) tentar resolver a escassez de competências contratando novos funcionários com as competências desejadas.


Fonte: http://computerworld.uol.com.br/carreira/2012/03/20/falta-de-pessoal-qualificado-em-ti-desafia-companhias/

Quem os CIOs querem contratar?

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/carreira/2013/01/08/quem-os-cios-querem-contratar

Prepare-se para as oportunidades que poderão acontecer em 2013 e mudar o rumo da sua carreira.

O número de empresas que planeja contratar profissionais de tecnologia continua crescendo. É o que revela a pesquisa Previsões para 2013, realizada pela COMPUTERWORLD nos Estados Unidos, com 334 executivos de TI.  Mais de 30% deles (33%) disseram que planejam aumentar seus quadros nos próximos 12 meses. Este é o terceiro ano consecutivo que a percentagem de respondentes com planos de contratação aumenta. Em 2012, o incremento foi de 29%, 23% em 2010 e 20% em 2009. Todos comparados aos anos anteriores.

O mercado está aquecido também no Brasil, em razão da expansão de muitas empresas, especialmente impulsionada pela proximidade dos megaeventos esportivos que serão sediados em solo nacional [Mundial de futebol e Olimpíadas]. Cenário, portanto, favorável para quem busca uma oportunidade. Mas as chances não são para todos. É necessário ter as habilidades corretas, que estão na mira de CIOs e executivos de TI. 

Segundo Mariana Horno, gerente sênior da divisão de Legal, RH e TI, da Robert Half no Brasil, consultoria especializada no recrutamento de talentos, por aqui os profissionais de TI devem apresentar conhecimento técnico aprofundado e certificações correlatas a esse conhecimento específico.

"Além disso, o perfil comportamental tem sido importantíssimo. É necessário, na maior parte das vezes, boa comunicação, ser mão na massa e dedicado", garante. A executiva diz perceber atualmente uma movimentação corriqueira, demandando profissionais no segmento de meios de pagamento, e-commerce e indústria farmacêutica.

"O primeiro trimestre do ano costuma ser mais moroso no processo de contratação, por conta das férias de verão e do Carnaval. Porém, é bom buscar oportunidades e a possibilidade de conseguir um emprego é alta", relata, acrescentando que é preciso ter paciência, pois pode ser que o tempo de processo demore um pouco mais por conta do número reduzido de dias úteis no período.

"Hoje, temos, em média, entre 20 e 25 vagas de TI por mês. Esse número é um pouco variável, pois há algumas em andamento e outras que chegam durante a semana", avisa.

De acordo com Cristiani Martins, diretora comercial da Atlantic Solutions, consultoria da área de TI, percebe-se hoje forte demanda por profissionais especializados em web. "Os chamados desenvolvedores Java cloud estão em alta", afirma e destaca que para o crescimento na carreira, hoje é necessário ter capacidade para gerenciar projetos, conhecimento de processos (ITIL) e, especialmente, visão de negócios. "Treinamos muitos profissionais e eles costumam buscar especialização em governança de TI e em Java Mobile." 

"Quando você olha para qualquer tendência de pesquisa ou de mercado, TI é sempre um dos dois primeiros ou três tópicos mencionados como ponto brilhante no mercado de trabalho, e é muito simples o motivo", diz John Reed, gerente-executivo sênior da Robert Half nos Estados Unidos. Segundo ele, é porque ela define os rumos da empresa, visto que melhora a produtividade e acelera a realização de melhores decisões de negócios. "Portanto, as empresas estão investindo nisso, e você tem de ter pessoas experientes nessa tarefa", recomenda.

Para o diretor de TI do Grupo Fleury, Claudio Laudeauzer, quando se fala em habilidades de profissionais de TI no grupo, leva-se muito em conta a paixão pelo que faz, trabalho em equipe, simplicidade de ações, criatividade e visão ampliada.

"Damos preferência a quem possui MBA, porque tem visão focada em business. Além da técnica, teve a oportunidade de trocar ideias e experiências com os colegas", destaca. "Aqui, a tecnologia não é por tecnologia."

Laudeauzer diz que, no atual mundo digital, são necessários profissionais antenados com tendências como aplicativos móveis e mídias sociais, que tragam oportunidades para o Fleury. "O mundo está mudando e precisamos fazer o melhor para o cliente e surpreendê-lo."

O Grupo Fleury planeja fortalecer a equipe em 2013 e conhecimentos em mobilidade e segurança da informação são algumas das exigências. "Mas teremos de treinar esses colaboradores para o novo cenário, contudo, dentro da corporação. Não adianta impor regras, temos de educar", ensina. E alerta: "Temos de transmitir a paixão pelo trabalho. O ambiente estará seguro com a conscientização."

Para as contratações no próximo ano, o executivo diz que as competências técnicas vão depender das necessidades internas, mas existe demanda para profissionais especializados em BI, BA, CRM, e tudo o que aprimore o relacionamento com o cliente. "É preciso ter capacidade de transformar dados em informação. Em qualquer tipo de negócio."

O momento na Spaipa, fabricante e distribuidora Coca-Cola, também é de crescimento. Por isso, há busca por talentos, segundo Claudio Antonio Fontes, Cio da companhia.

"O perfil técnico passa por algumas áreas. Mas recrutamos profissionais especializados em diferentes tecnologias para bancos de dados e ERP, por exemplo. Isso porque a ideia é abrimos o leque para conhecimento em outras plataformas, incluindo sistemas operacionais", revela.

Fontes destaca que o profissional deve ter formação técnica muito forte e conhecimento profundo nos diversos níveis. "De júnior a sênior, tem de ser bom no escopo que ocupa, compondo as habilidades necessárias para cada uma das funções", diz.

Inglês e espanhol são requisitos padrão no setor, segundo Fontes. "Alguns colegas já pedem também o alemão", relata, acrescentando que preferencialmente busca candidatos em polos de formação como universidades federais e estaduais e particulares de maior reconhecimento nacional.

"Estamos de olho no profissional disposto a fazer trabalhos colaborativos. Quanto mais ele estiver preocupado com o outro, nos interessa bastante", revela, brincando que está à procura dos "arquitetos" de "alguma coisa". "Virou a palavra da moda." 

Ele afirma que busca perfis que se alinhem aos projetos eletrônicos da empresa, que envolvem portabilidade ou mobilidade. "Eles têm de ter conhecimento de processos, um mix de analista funcional, com conhecimento técnico e das ferramentas aplicáveis a eles, para facilitar as tomadas de decisão, além de capacidade para gerenciar projetos", aponta. "E, claro, com visão de negócios."

Com estratégia diferenciada e de tradição, o Bradesco colhe seus frutos na Fundação Bradesco, sintetiza Aurélio Boni, vice-presidente-executivo de TI do Bradesco. "Nosso sistema de carreira é bem fechado e a fundação forma nossos profissionais."

Segundo ele, a unidade recebe não somente parentes dos funcionários do banco, mas também reserva uma parte para o público externo. "Lá, é possível começar bem cedo. Meus dois filhos ingressaram na Fundação com quatro anos de idade, formaram-se e tiveram a oportunidade de trabalhar na instituição", conta.

Boni afirma que o perfil que o Bradesco quer hoje de seus profissionais da área de TI é bastante moderno e reúne habilidades que possibilitem perfeito entendimento e desenvolvimento em um mundo dependente de aplicativos móveis. "Porque essas tecnologias são facilitadoras de atendimento ao cliente. Hoje, são uma exigência", alerta.

Ele engrossa o coro unânime dos CIOs sobre a visão de negócios, que considera vital no atual cenário. "E isso não se aprende da noite para o dia. Ter conhecimento do negócio facilita a conversa com o gestor, fica mais fácil até mesmo direcionar os projetos", relata.

Ele revela que com essa habilidade, é possível o gestor endereçar cada tipo de projeto para um profissional específico. "Promove mais segurança ao chefe da equipe, na certeza de que o trabalho será entregue. Gera confiança. É preciso ainda trabalhar em colaboração e, fundamentalmente, ter visão globalizada e muito clara do negócio", categoriza.

Para Tania Nossa, CIO da Alcoa, atuante na área de minério de ferro, a empresa busca nos profissionais características como pensamento ilimitado, preferência pelo risco, inovação, determinação, capacidade de aprendizado, orientação para mudanças, foco em resultados e entusiasmo pelo trabalho. "E, além disso, saber compartilhar dos valores da Alcoa", destaca a executiva que também se prepara para os novos desafios que surgirão com a chegada do novo ano e a prática de tudo o que está planejado para acontecer. 

As top 10 habilidades em TI nos EUA para 2013

1. Programação e desenvolvimento de aplicativos

2. Gerenciamento de projetos

3. Help desk/Suporte técnico

4. Segurança

5. Business Intelligence/Analytics

6. Nuvem/SaaS

7. Virtualização

8. Networking

9. Aplicativos móveis e gerenciamento de dispositivos

10. Data center

(Fonte: Computerworld/EUA)