quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe A nas empresas: especialista mostra cuidados para evitar o contágio no trabalho sem afetar o desempenho profissional

 
Gripe A nas empresas: especialista mostra cuidados para evitar o contágio no trabalho sem afetar o desempenho profissional
 

 
  Mauro Kreibich, penumologista: problemas podem ser evitados com cuidados especiais
   
   
 

   
 

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Não há como fugir: só se fala dela. A gripe A, provocada pelo  vírus H1N1, registra números de mortes e já foi declara pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mauro Sérgio Kreibich, pneumologista do Hospital do Pulmão, de Blumenau, alerta: não há motivos para uma histeria coletiva. "A situação é grave, mas com alguns cuidados, se pode evitar maiores problemas", comenta o especialista.

O Noticenter perguntou ao especialista alguns cuidados especiais em relação ao ambiente corporativo. Veja abaixo algumas das recomendações:

• Deixe os ambientes arejados. Portas e janelas abertas facilitam a circulação de ar.
• Se o ar-condicionado do local tiver a opção de exaustão, deixe-o ligado neste modo.
• Lave as mãos, alternando sabão e álcool gel. Só o álcool pode criar uma película que facilita a reprodução do vírus. "Principalmente antes e depois das refeições", afirma Mauro.
• A cozinha precisa de uma atenção especial. Além de estar sempre ventilada, redobre o cuidado para que o ambiente e utensílios estejam sempre limpos.
• Limpe com mais freqüência as mesas, os teclados do computador e as regiões de maior contato com álcool gel.

Mauro comenta ainda que só em casos com reais suspeitas (febre, tosse, dores  musculares e alterações da respiração) o colaborador seja levado a um centro de triagem. "Nesses ambientes, teremos maior contato com pessoas que possam realmente estar com o vírus, logo os cuidados devem ser redobrados", recomenda.

O ERRO DA MÁSCARA NAS RUAS

Segundo Mauro, um dos principais erros é a utilização desnecessária da máscara de proteção. "Não há nenhuma indicação para que as pessoas passem a utilizar a máscara se não existir suspeita da gripe H1N1. Somente os  suspeitos ou portadores desta Influenza, tem indicação para a utilização da proteção, devendo ficar isolados no ambiente hospitalar ou domiciliar conforme a prescrição médica", afirma o especialista. "Ou seja: quem está doente deve ficar recluso em ambiente propicio. Não há motivo para utilização de máscaras para as pessoas nas ruas e nas empresas", complementa.

Para os casos suspeitos, e seus comunicantes diretos, quando a recomendação da máscara é feita, Mauro afirma que ela precisa ser trocada de duas em duas horas para que mantenha seu objetivo "ao invés de prevenir o contagio pode facilitar o acesso ao vírus", comenta ele.

SE HOUVER UM CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO

Em caso de suspeita ou confirmação de um funcionário com H1N1, Mauro recomenda que os colaboradores que tinham contato direto com a pessoa sejam clinicamente acompanhados. "O local precisa ser higienizado e as pessoas que trabalhavam em contato direto com o caso devem ser monitoradas pela equipe medica/vigilância epidemiológica", afirma ele.

ENTIDADES PATRONAIS ASSINAM ACORDO

No último dia 13 de agosto, sindicatos patronais e laborais assinaram, em Blumenau, um acordo com recomendações e cuidados a respeito do vírus H1N1. O texto apresenta questões especiais relacionadas a gestantes e recomenda a antecipação da licença maternidade para as que estiverem próximas ao termo do estado gestacional e antecipação das férias para as que estiverem no início até um período intermediário de gestação.

Assinaram o acordo o Sindicato dos Empregados no Comércio de Blumenau (SEC), o Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sindilojas), o Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Estado de Santa Catarina (Sindióptica), o Sindicato do Comércio Atacadista do Vale do Itajaí (Sincavi) e o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Vale do Itajaí (Sincofarma).