
A procura por qualificação na indústria de jogos digitais se   intensifica na Grande Florianópolis. Tanto que, no ano que vem, mais   dois cursos serão abertos na área, desta vez classificados como   graduação – Jogos Digitais, na Estácio de Sá, e Design de Jogos e   Entretenimento Digital, na Univali. 
Com um mercado que   ultrapassa 200 profissionais, inseridos em cerca de 17 empresas   desenvolvedoras de games para dispositivos móveis e computadores, de   acordo com a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), a   expectativa é de que o mercado cresça ainda mais – alavancado,   principalmente, pelo aumento de vendas de smartphones e outros aparelhos   portáteis, como tablets.
O coordenador do curso de Jogos   Digitais da Estácio de Sá, Clodomir Coradini, conta que a graduação é   requisitada pela filial catarinense desde 2006. No Sudeste e Nordeste,   onde existe o maior polo tecnológico de games, a oferta já acontecia. O   curso abrange ensino de programação e arte para jogos, além de noções   sobre mundo dos negócios, um start para quem pretende se tornar   empresário no setor.    
— A procura por profissionais nessa   linha de conhecimento é bastante intensa no Estado. A área de tecnologia   da informação só não cresceu em 2011, na Grande Florianópolis, por   falta de profissionais – diz. 
Outra instituição de ensino que   aposta no mercado é a Univali, que abre vagas, no ano que vem, para o   bacharelado em Design de Jogos e Entretenimento Digital – com três anos   de duração e que foca na parte artística dos games. Desde 2008, a   universidade tem experiência nesse tipo de qualificação, quando ofertou o   curso de Tecnólogo em Jogos Digitais, hoje bem citado no mercado de   games da Capital. 
A coordenadora Alita Maria da Rocha Fernandes   defende que, diferente da graduação, o tecnólogo é direcionado para a   programação dos jogos, e o curso habilita o profissional em um tempo   mais curto do que o curso de Ciências da Computação, que chega a durar   pelo menos o dobro do tempo.
Mercado de jogos é a F-1 da computação
– Os alunos, como têm formação sólida na computação gráfica, são   absorvidos pelas empresas de jogos e também pelo setor de tecnologia da   informação para o desenvolvimento de computação gráfica e aplicação dos   games em dispositivos móveis – afirma. 
Aproximadamente um ano   depois do curso da Univali ter início, os sócios Kléber Vieira e Daniel   San Martin Pascal Filho, formados em Ciências da Computação, abriram a   Fisiogames, empresa da Capital pioneira em criação de jogos para   reabilitação de pacientes lesionados. A ideia deu certo: o programa de   computador, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar que contou,   inclusive, com um psicólogo, é utilizado por clínicas do Rio Grande do   Sul, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco.
Vieira compara o   mercado de jogos à Fórmula-1 da Ciências da Computação, porque precisa   de computadores modernos e utiliza muita tecnologia para construção de   detalhes dos avatares e ambientes que comporão o enredo do game. Ele   acredita que a abertura de cursos na área ajudarão empresas como a dele,   que aguardam por mão de obra qualificada.
– Quanto mais profissionais trabalhando no mercado, melhor para a gente – ressalta Vieira.
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- De acordo com pesquisa   da Acate, o salário médio de um programador de jogos iniciante em   Florianópolis é parecido com o salário médio de um programador   tradicional, entre R$ 2 e 3 mil
- Porém, existem programadores de   jogos que ganham mais de R$ 5 mil de salário inicial, como aqueles   especializados na área de terceira dimensão (3D)
- Há também   várias carreiras na área, como programador de jogos, artista, game   designer (que faz o projeto do jogo), áudio designer e produtor. Todas   essas carreiras ainda possuem diversas subdivisões
- Dennis Kerr   Coelho, diretor da Vertical Games, de Florianópolis, e coordenador da   pesquisa, conta que a maneira mais fácil de entrar no mercado é fazer um   curso com foco em programação de jogos ou arte para jogos
 
 
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