A fornecedora gaúcha de software de gestão empresarial comprova que
respeitar os funcionários é um excelente negócio.
A história de Cleandro de Lima explica porque a gaúcha Cigam merece o
título de vencedora da dimensão "Respeito", da edição 2009 do prêmio
"Melhores Empresas para Trabalha de TI e Telecomr". Aos 16 anos, Lima
começou a trabalhar na fornecedora de software de gestão empresarial
como office boy. Hoje, aos 28 anos, responde pela coordenação nacional
da área de suporte a clientes da companhia gaúcha, cujo produto
concorre com o ERP (Enterprise Resource Planning) de gigantes como
Oracle e SAP.
"Na empresa na qual trabalhava antes, não tinha nem registro [na
carteira profissional]. Tive uma oportunidade única aqui. Fui acolhido
e recebi toda a condição técnica de formação profissional e pessoal
para tudo o que precisei", recorda.
> Confira ranking completo com as 60 melhores empresas
A primeira promoção veio 11 meses após a contratação de Lima, quando
ele passou a fazer parte da equipe interna de atendimento e suporte a
usuários. Muitos treinamentos depois e com a faculdade de
Administração de Empresas concluída, há quatro anos ele é o
coordenador nacional de suporte da Cigam, responsável por uma equipe
de 30 funcionários.
A ascensão profissional de Cleandro Lima é fruto de esforço individual
e apoio coletivo de colegas de trabalho e da Cigam. Histórias assim é
que fazem a diferença para que empresas figurem em rankings sobre
qualidade de ambiente de trabalho.
O título da dimensão Respeito, conquistado este ano pela Cigam, não é
obra do acaso. Em 2007, a companhia já aparecia na lista realizada
anualmente pelo instituto Great Place to Work em parceria com o
Computerworld. Naquele ano ficou na 24ª posição entre as 50 empresas
indicadas no ranking geral. Em 2009, a Cigam não só tornou-se a
companhia mais respeitosa, como evoluiu na listagem geral, ocupando o
10º lugar entre as 60 melhores empresas de TI e Telecom para se
trabalhar.
É certo que o empenho de Cleandro Lima foi - e é - fundamental para
sua evolução profissional. Mas se a Cigam não reconhecesse o potencial
do então contínuo e o apoiasse, é provável que a carreira do atual
coordenador nacional de suporte não tivesse deslanchado como ocorreu.
"A empresa sempre me deu a oportunidade de crescer, me deu todo apoio
e recursos para que eu pudesse me desenvolver. Obtive certificações da
universidade Cigam e desde 2006, tenho feito cursos de qualificação em
gestão de pessoas", afirma Lima.
Todos juntos
Dar condições que garantam o desenvolvimento de um profissional não se
limita a iniciativas ligadas à qualificação, como treinamentos. Diz
respeito, acima de tudo, a observar os colaboradores, procurando
identificar seu potencial e o que pode ser estimulado.
Este, talvez, seja o principal mérito da Cigam. O diretor de gestão de
pessoas e um dos sócios da empresa fundada há 19 anos, Vanderlei André
Reinhart, conta que o maior desafio da companhia é crescer sem perder
o olhar particularizado que dedica a cada funcionário. O segredo para
isso, diz o executivo, é manter os gestores próximos às suas equipes.
Na Cigam não há salas exclusivas para as chefias. Líderes e
funcionários compartilham o mesmo espaço, com mesas lado a lado.
Reinhart vê duas vantagens neste modelo de organização física do
ambiente de trabalho. Primeiro, ele permite uma maior aproximação
entre lideranças e equipes, propiciando a criatividade e o surgimento
de ideias. O segundo aspecto é que a proximidade entre colaboradores e
gestores faz com que os funcionários se sintam mais à vontade para
compartilhar problemas e sugestões com seus chefes.
É claro que não basta sentar ao lado para construir relações de
confiança. É preciso estruturar políticas que garantam a preparação
dos líderes em relação à gestão de pessoas. Na Cigam, a opção foi
criar o Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL), cujo intuito é
justamente treinar e qualificar os novos colaboradores que ocupam
cargos de chefia, garantindo a renovação e a continuidade de pessoas
qualificadas para atuar como gestores. Em média, os profissionais em
cargos de liderança têm entre dois e 12 anos de casa.
Além disso, a empresa conta com um espaço de ouvidoria, na área de
recursos humanos, no qual os colaboradores podem falar sobre problemas
pessoais ou profissionais, em sigilo. "Acho, sinceramente, que a
gestão de pessoas é o alicerce que vai garantir a evolução do nosso
negócio", observa Reinhart. Ele acrescenta que, em média, os
funcionários da Cigam permanecem entre 5 anos e 7 anos na companhia.
Faturamento maior
A expectativa é que este ano o faturamento da Cigam cresça 20% em
relação a 2008, quando a empresa obteve receita de, aproximadamente, 8
milhões de reais. A meta para 2009 é atingir números próximos a 10
milhões de reais. O bom desempenho financeiro é compartilhado com os
funcionários, que semestralmente recebem parte dos lucros. A divisão
segue regras internas que consideram aspectos como função, tempo de
trabalho na empresa e nível de qualificação formal. "É uma maneira de
incentivar que o profissional se qualifique e permaneça na empresa",
ressalta Reinhart.
O quadro de funcionários, que atualmente totaliza 130 pessoas, também
avançou 20% em comparação a 2008. Os colaboradores ficam distribuídos
nos três escritórios da empresa: a sede, em Novo Hamburgo (RS), e duas
filiais, em Brasília (DF) e Curitiba (PR). Aproximadamente 85% dos
empregados são da área de tecnologia da informação.
A julgar pela expectativa de crescimento financeiro, a crise não
parece assustar a Cigam. Vanderlei André Reinhart atribui a
tranqüilidade com que a empresa enfrenta a instabilidade na economia
mundial à comunicação transparente que mantém com seus funcionários.
"É prática manter reuniões mensais sobre indicadores e ações
estratégicas. Com o acirramento da crise, julgamos ainda mais
importante este momento e procuramos dar total transparência sobre a
situação", ensina.
De acordo com o diretor, apesar da crise, a empresa manteve os
investimentos em qualificação e treinamento de seus funcionários,
pensando em deixar a equipe preparada para o momento de retomada da
economia, que já começa a acontecer.
Fazer parte do ranking de melhores empresas para se trabalhar é mérito
de corporações que se envolvem na vida dos colaboradores e fazem a
diferença. E a história de Cleandro de Lima mostra que isso é
possível. "A empresa me proporcionou ter um monte de coisas, poder
crescer e me desenvolver em pouco tempo, oferecendo um bem-estar
melhor para a minha família".
1.200 treinamentos em dois anos
Há dois anos, a Cigam deu início à sua Universidade Corporativa, que
reúne todas as iniciativas da empresa ligadas a treinamento e
qualificação, tanto para seus funcionários, quanto para os
colaboradores da chamada "rede Cigam" – formada por 26 representantes
comerciais em todo o País.
De lá pra cá, cerca de 1.200 treinamentos foram realizados e 200
profissionais obtiveram certificações nos produtos e na prestação de
serviços da empresa. Dez funcionários da fornecedora de software de
gestão trabalham dedicados exclusivamente à universidade, cujo
programa inclui mais de 50 cursos presenciais e a distância.
"Estamos focando muito a qualificação profissional. A universidade tem
como foco o aperfeiçoamento profissional de toda a equipe e da rede
Cigam", conta Vanderlei André Reinhart, diretor de gestão de pessoas e
um dos sócios da empresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário