sábado, 16 de maio de 2009

Brasil formará 53 mil profissionais em 2011; déficit será de 470 mil


Brasil formará 53 mil profissionais em 2011; déficit será de 470 mil


 

O Brasil formará apenas 53 mil profissionais de Computação e Processamento de Tecnologia da Informação em 2011, quando neste mesmo ano, o país precisaria contar com 520 mil profissionais qualificados na área. Não à toa, a formação de mão-de-obra é considerada o "calcanhar de aquiles" para o Brasil reivindicar uma colocação melhor no ranking mundial de serviços de TIC.

Os dados fazem parte da quarta edição do Índice Brasil para Convergência Digital, produzido pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

Os números foram tabulados a partir de dados oficiais de ministérios e de órgãos como IBGE e DIEESE, por exemplo, apuram ainda um dado que pode ser considerado "vergonhoso" para o Brasil: São formados 750 mestres por ano e 110 doutores. Número bem abaixo de vários outros países, inclusive, com economias inferiores às nossas.

Na devida proporção, observa Roberto Ramos, responsável pela consolidação dos números para a edição do Índice, a China, anualmente, forma cerca de 30 mil profissionais em Tecnologia da Informação.

O Índice Brasil para Convergência Digital existe para mostrar os níveis de penetração das TIC na sociedade brasileira. Referente ao ano de 2007, a quarta edição mostra que o índice brasileiro alcançou a marca de 5,85, quando em 2006, ficou em 5,80 - um incremento pequeno e fomentado pelas telecomunicações e pelo aumento de conectividade (oferta de banda larga, principalmente, nas grandes cidades).

Com esse percentual, no entanto, o Brasil fica bem distante de países como Espanha, Estônia e Portugal, que estão com índice entre 6,50 e 6,90. Para que o país, em 2010, pudesse alcançar essa marca, algumas medidas, observa a Brasscom, deveriam ser implementadas com o suporte do poder público - federal, estadual e municipal - e da iniciativa privada.

Entre elas, a geração de vagas nos principais cursos relacionados com a TI na rede pública; ampliar a participação das FATECs e CEFETs na formação de nível técnico superior em TI e utilizar os recursos de TI como ferramenta pedagógica para alunos e professores visando à melhoria da qualidade do ensino fundamental e médio.

"Um país sem educação não almeja chegar a lugar nenhum. Não basta dar ferramentas é preciso fomentar o conhecimento. Este é o maior desafio do Brasil", sinaliza o presidente da Brasscom, Antonio Carlos Gil.


Att.
Edney Marcel Imme

Nenhum comentário: