Preocupadas com a falta de mão-de-obra especializada em TI e com o desinteresse dos estudantes de nível médio pela área, algumas empresas nacionais resolveram tomar para si a tarefa de estimular estes jovens a seguir carreira.
Essa movimentação leva em conta a queda de 30% na procura pelos cursos de TI nos últimos cinco anos, segundo dados da Michael Page.
As empresas nacionais escolheram diversos modelos para estimular a formação. Em alguns casos, as iniciativas são dirigidas a universitários que já estejam em cursos relacionados à área. Em outros, o objetivo é estimular estudantes de nível médio a procurar estes curso em TI.
Um exemplo é a parceria mantida desde o início de 2007 entre o Resource, prestador de serviços de TI, e o Centro universitário Unisal, ambos de Americana (SP). Em conjunto com a Oracle, a empresa e a instituição de ensino fecharam parceria buscando melhorar a qualificação dos estudantes de graduação em TI da universidade.
"Somos a principal fábrica de software da Oracle. Com essa parceria, a dificuldade em se contratar profissionais qualificados será reduzida e estaremos com as portas abertas para os estudantes recém-formados", afirma Gilmar Batistela, presidente do Resource.
Outro objetivo do acordo é contribuir para a redução do êxodo de jovens profissionais para outras cidades, como São Paulo. "Estamos decididos a investir fortemente na região e a concentrar as principais atividades de nossa fábrica de software em Americana", garante Batistela. No ano passado, 54 alunos passaram pelos cursos e, para 2008, outros dois cursos que complementam os módulos oferecidos em 2007 estão programados.
Buscando profissionais na universidade
A Tivit é outra que aposta na parceria com instituições de ensino superior, só que com o objetivo de formar seus próprios profissionais.
Desde o ano passado, a companhia tem um acordo com a Universidade Anhanguera com descontos especiais aos funcionários da companhia. "Temos em nosso call center jovens com grande potencial, mas sem condições de fazer um curso superior. A parceria funciona como um incentivo e, ao mesmo tempo, faz com que nosso quadro ganhe em qualidade profissional", explica Caio Silva, diretor de sistemas da empresa.
Atualmente, cerca de 350 colaboradores da companhia fazem curso superior na universidade Anhangüera por causa da parceria. A previsão é que, ao final deste ano, muitos deles tenham bagagem para participar de processos internos de seleção. "As primeiras turmas começaram em junho de 2007 e outras em janeiro de 2008", lembra o executivo.
Att.
Edney Marcel Imme
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